Durante um mês e meio percorri as ruas fazendo matérias fora do convencional. Nada de texto pronto, nada de narrações cobertas por imagens tudo partia do improviso e da química com a equipe de reportagem: Joelson, Pablo Silva e Gustavo Cavalcante. O resultado foi interessante. Fizemos matéria para o projeto Teresina é Show que culminou com um belo e contagiante programa de auditório que foi ao ar nesta segunda-feira.
Interessante o desafio. Depois de tudo fiquei pensando como é bom se sentir testado e desafiado. Como é eficiente poder competir não com os outros, mas com você mesmo. Superar um ou outro tabu; uma ou outra fórmula aplicada; perceber na prática que a comunicação não é ciência exata e que nela cabe uma boa dose de experimentação.
Abraços a turma da TV Cidade Verde. A emissora é fortíssima e faz com que qualquer ação e qualquer gesto se tornem gigantesco. O projeto Teresina é show foi belíssimo e fiquei orgulhoso de participar. Indira e Nadja me deram grande chance e espero nunca desapontar.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
Silvio, Wilson e o pobre repórter
Algumas coisas que acontecem na sua carreira são garimpadas. Outras lhe chegam de presente. Na semana passada, uma dessas coisas me chegou de presente. Foi a cobertura da histórica transmissão ao vivo através do site cidadeverde.com do debate entre Sílvio Mendes e Wilson Martins. Certo de que vivia um momento importante do jornalismo no Piauí, me preparei para a cobertura.
Entre as atividades previstas no trabalho estava uma entrada ao vivo no programa do Amadeu Campos (grande apresentador e um amigo que tenho descoberto).
Para quem não é repórter vale um parágrafo em separado aqui. “Ao vivo” muitas vezes é sinônimo de tremor das pernas, branco no raciocínio e derrocada para muita gente. Eu diria que sou o cenário perfeito para o esses “microfracassos”: pouca experiência e facilmente intimidado por pessoas de maior personalidade. Principalmente se você leva em conta como foi a minha entrada ao vivo. Eu estava em pé posicionado de terno e gravata entre duas personalidades fortíssimas: Silvio Mendes e Wilson Martins. Aquele repórter de pouca bagagem era talvez tão frágil quanto uma barragem de areia frente ao tsunami; e rede de tênis entre Guga e Magnus Norman; ou o piloto retardatário que, desavisado, impede a disputa de Prost e Senna.
Eles têm de política mais do que eu de vida. Creio que a amizade entre eles também seja longa. Essa amizade, que pelo me consta já dura quarenta anos, parece em alguns momentos ser ameaçada pela troca de farpas aparentemente duríssima. Mas enquanto estive entre eles dois me preparando para a entrada ao vivo, testemunhei como se dá essa troca de farpas enquanto as câmeras estão desligadas. De fato, eles batem duro um no outro. Muito provavelmente eles se provoquem como Nilton Santos provocaria Pelé no clássico Santos e Botafogo dos anos 1960. Pude perceber, porém, que quando o jogo terminar e alguém se consagrar vencedor, o derrotado reconhecerá a vitória do outro. O vencedor saberá levantar o adversário temporariamente caído e os dois se renderão ao abraço que certamente tempera essa amizade de quarenta anos.
Senti naquele dia a possibilidade de, por acidente, participar um pouco da intimidade desses dois adversários preparadíssimos. Pude sentir também que, mesmo com as provocações, havia entre eles o mesmo respeito que Nilton Santos sentia por Pelé, onde cada cutucada era cercada por risadas sincera e um desejo no fundo do peito de que essa partida termine logo para que a amizade continue e o respeito volte com os dois para casa.
Não quero com isso dizer que o que se vê pela imprensa é uma farsa entre os dois. Ao contrário. Tesmunho que a disputa entre eles é acirrada. Sinto que eles têm consciência que as circunstâncias os colocam em posições contrárias; que eles tem responsabilidades com os projetos que eles representam e que defederão esses projetos com o fervor e a responsabilidade que sempre demonstraram em suas profissões e vida pública. Mas que no fundo se admiram e se respeitam.
Entre as atividades previstas no trabalho estava uma entrada ao vivo no programa do Amadeu Campos (grande apresentador e um amigo que tenho descoberto).
Para quem não é repórter vale um parágrafo em separado aqui. “Ao vivo” muitas vezes é sinônimo de tremor das pernas, branco no raciocínio e derrocada para muita gente. Eu diria que sou o cenário perfeito para o esses “microfracassos”: pouca experiência e facilmente intimidado por pessoas de maior personalidade. Principalmente se você leva em conta como foi a minha entrada ao vivo. Eu estava em pé posicionado de terno e gravata entre duas personalidades fortíssimas: Silvio Mendes e Wilson Martins. Aquele repórter de pouca bagagem era talvez tão frágil quanto uma barragem de areia frente ao tsunami; e rede de tênis entre Guga e Magnus Norman; ou o piloto retardatário que, desavisado, impede a disputa de Prost e Senna.
Eles têm de política mais do que eu de vida. Creio que a amizade entre eles também seja longa. Essa amizade, que pelo me consta já dura quarenta anos, parece em alguns momentos ser ameaçada pela troca de farpas aparentemente duríssima. Mas enquanto estive entre eles dois me preparando para a entrada ao vivo, testemunhei como se dá essa troca de farpas enquanto as câmeras estão desligadas. De fato, eles batem duro um no outro. Muito provavelmente eles se provoquem como Nilton Santos provocaria Pelé no clássico Santos e Botafogo dos anos 1960. Pude perceber, porém, que quando o jogo terminar e alguém se consagrar vencedor, o derrotado reconhecerá a vitória do outro. O vencedor saberá levantar o adversário temporariamente caído e os dois se renderão ao abraço que certamente tempera essa amizade de quarenta anos.
Senti naquele dia a possibilidade de, por acidente, participar um pouco da intimidade desses dois adversários preparadíssimos. Pude sentir também que, mesmo com as provocações, havia entre eles o mesmo respeito que Nilton Santos sentia por Pelé, onde cada cutucada era cercada por risadas sincera e um desejo no fundo do peito de que essa partida termine logo para que a amizade continue e o respeito volte com os dois para casa.
Não quero com isso dizer que o que se vê pela imprensa é uma farsa entre os dois. Ao contrário. Tesmunho que a disputa entre eles é acirrada. Sinto que eles têm consciência que as circunstâncias os colocam em posições contrárias; que eles tem responsabilidades com os projetos que eles representam e que defederão esses projetos com o fervor e a responsabilidade que sempre demonstraram em suas profissões e vida pública. Mas que no fundo se admiram e se respeitam.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
O primeiro dia de Mano
Muita expectativa com a “Era Mano”. Os rostos novos e a sede de mudanças me fazem lembrar a triste e mal sucedida fase de Falcão. O que nos alenta é a genialidade de alguns jogadores dessa nova geração, mas a desconfiança é inevitável.
Aquele comecinho de partida gerou incômodo. Faltava ousadia, passes longos. Donovan quase marcou, mas com 15 minutos de jogo já se via um time mais solto. Mas Pato Neymar e Robinho pareciam sentir a pressão de ser um time irrepreensível.
O time dos Estados Unidos é muito mais bem ajustado. Donovan era o grande nome do jogo antes do início da partida. As limitações técnicas dos americanos do norte, porém, se mostraram um entrave para o time de Bredley.
Aos 29 minutos os jogadores brasileiros driblaram a desconfiança. Neymar, numa inversão proposta por Mano recebeu o cruzamento para abrir o placar para o Brasil. Depois desse gol, o Brasil dominou completamente a partida.
O gol do Pato foi bem anulado. Mas logo depois o passe de Ramirez salvou o Brasil e a honra de Pato. Howard no chão como há muito não víamos jogadores brasileiros fazer. Aliás, o fato de Pato jogar bem já é suficiente para assinalar a boa estréia de Mano. Depois de ir para a Itália ele nunca mais tinha feito boa partida pelo Brasil. A sua substituição por contusão não apagou a satisfatória atuação.
No segundo tempo o Brasil continuou jogando melhor. Perdeu muitos gols e o jogo foi ganhando contornos de jogo treino. Os EUA abriu mão da marcação e do jogo, Mano fez várias alterações meramente experimentais. Ganso e Robinho ainda meteram bolas na trave. Carlos Eduardo, que entrou no segundo tempo perdeu um gol na cara do goleiro americano em um chute fraco.
Daniel Alves foi um capítulo diferente. Foi mal e impreciso em meio a uma seleção que tinha boa qualidade de passe. Estava inseguro apesar da experiência. Em jogo de Pato e Ganso ele era peixe fora da água. Outra decepção, esta pessoal, foi vivida por Ederson. Em menos de um minuto, se machucou.
A vitória por 2 a 0 foi mais do que merecida.
Aquele comecinho de partida gerou incômodo. Faltava ousadia, passes longos. Donovan quase marcou, mas com 15 minutos de jogo já se via um time mais solto. Mas Pato Neymar e Robinho pareciam sentir a pressão de ser um time irrepreensível.
O time dos Estados Unidos é muito mais bem ajustado. Donovan era o grande nome do jogo antes do início da partida. As limitações técnicas dos americanos do norte, porém, se mostraram um entrave para o time de Bredley.
Aos 29 minutos os jogadores brasileiros driblaram a desconfiança. Neymar, numa inversão proposta por Mano recebeu o cruzamento para abrir o placar para o Brasil. Depois desse gol, o Brasil dominou completamente a partida.
O gol do Pato foi bem anulado. Mas logo depois o passe de Ramirez salvou o Brasil e a honra de Pato. Howard no chão como há muito não víamos jogadores brasileiros fazer. Aliás, o fato de Pato jogar bem já é suficiente para assinalar a boa estréia de Mano. Depois de ir para a Itália ele nunca mais tinha feito boa partida pelo Brasil. A sua substituição por contusão não apagou a satisfatória atuação.
No segundo tempo o Brasil continuou jogando melhor. Perdeu muitos gols e o jogo foi ganhando contornos de jogo treino. Os EUA abriu mão da marcação e do jogo, Mano fez várias alterações meramente experimentais. Ganso e Robinho ainda meteram bolas na trave. Carlos Eduardo, que entrou no segundo tempo perdeu um gol na cara do goleiro americano em um chute fraco.
Daniel Alves foi um capítulo diferente. Foi mal e impreciso em meio a uma seleção que tinha boa qualidade de passe. Estava inseguro apesar da experiência. Em jogo de Pato e Ganso ele era peixe fora da água. Outra decepção, esta pessoal, foi vivida por Ederson. Em menos de um minuto, se machucou.
A vitória por 2 a 0 foi mais do que merecida.
Azurra no vermelho
A Itália perdeu para a Costa do Marfim. Grande resultado para o time marfinense. Triste é a fase vivida pela seleção italiana que padece com uma das maiores inter-safras de jogadores que eu já testemunhei.
Apostar em talentos do exterior tem efeitos colaterais. O desestímulo de pratas da casa é o maior deles. É isso que faz da Itália um time envelhecido e de poucos gênios. Lembrem-se do time da Internazionale que entrou em campo para decidir a Liga dos Campeões: nenhum jogador italiano!
A Itália vai bem, mas a Azurra vai muito mal.
Apostar em talentos do exterior tem efeitos colaterais. O desestímulo de pratas da casa é o maior deles. É isso que faz da Itália um time envelhecido e de poucos gênios. Lembrem-se do time da Internazionale que entrou em campo para decidir a Liga dos Campeões: nenhum jogador italiano!
A Itália vai bem, mas a Azurra vai muito mal.
domingo, 4 de julho de 2010
Estratégia de guerra
Dizem que os cavaleiros cruzados na Idade Média jamais beijavam a mão do rei antes do combate. A ordem era ir a campo, lutar vencer e depois da vitória, a glória de ir ao palácio receber os cumprimentos do rei. Antes do resultado positivo, não passavam de comuns. Meros soldados que eram tratados como tal.
No Brasil dos nossos dias pratica-se o extemo oposto. Antes da nossa Seleção partir em cruzada para a África, fez-se a festa. Excetuando-se o momento em que Dunga foi constestado na convocação, o resto foi esperança de vitória. Fomos ao Palácio e beijamos a mão do rei antes da viagem. Lula recebeu o time, trocou presentes e afagos muitos antes do derramamento de sangue.
Depois da derrota, nada de festa. Houve a vergonha dos jogadores que demonstraram que não eram dignos das comemorações que antecederam a guerra. Não por terem perdido, mas por terem descido no aeroporto e saído pela porta dos fundos. Essa simplicidade pós-derrota deveria ter sido praticada antes da Copa. Quem sabe assim teríamos uma Seleção mais humilde, mesnos cheia de si e mais guerreira. Essa era a estratégia dos soldados medievais e funcionava!
No Brasil dos nossos dias pratica-se o extemo oposto. Antes da nossa Seleção partir em cruzada para a África, fez-se a festa. Excetuando-se o momento em que Dunga foi constestado na convocação, o resto foi esperança de vitória. Fomos ao Palácio e beijamos a mão do rei antes da viagem. Lula recebeu o time, trocou presentes e afagos muitos antes do derramamento de sangue.
Depois da derrota, nada de festa. Houve a vergonha dos jogadores que demonstraram que não eram dignos das comemorações que antecederam a guerra. Não por terem perdido, mas por terem descido no aeroporto e saído pela porta dos fundos. Essa simplicidade pós-derrota deveria ter sido praticada antes da Copa. Quem sabe assim teríamos uma Seleção mais humilde, mesnos cheia de si e mais guerreira. Essa era a estratégia dos soldados medievais e funcionava!
sábado, 3 de julho de 2010
O Brasil que perdeu
Poderíamos ter perdido a Copa do Mundo por causa das sandices de Felipe Melo. Achei que seríamos derrubados pela fragilidade do desconhecido Michel Bastos ou pelos rompantes de “kaiser” de Lúcio. Achei que o hexa seria interrompido, quem sabe, por uma mexida ruim de Dunga que nunca foi técnico antes. Mas infelizmente caros e raros leitores, perdemos pelos motivos que jamais imaginamos. O Brasil perdeu para o próprio Brasil.
O inimigo estava dentro do corpo de cada jogador. O medo de estar atrás no placar, os indícios de que poderíamos perder a vaga depois do gol de empate fizeram o Brasil afinar. Houve descontrole, descompasso. Depois que Felipe Melo e Júlio César relembraram a fase de juvenil do Flamengo no cruzamento de Sneijder vimos os demais jogadores fazerem tudo aquilo que jamais pensamos que fizessem: Juan jogou uma bola fácil para escanteio que resultou no segundo gol, Kaká errou o resto de passes que deu, o futebol alegre de Robinho foi substituído pela ira contra Robben, Kaká xingou e Felipe Melo, o único que fez o que se esperava, era a imagem refletida de um time sem concentração e frieza de pretensos campeões mundiais.
Dunga também foi afetado pelo nervosismo, mas a essa altura a vaca holandesa já tinha mandado a nossa para o brejo. Sem saber o que fazer, trocou Luís Fabiano por Nilmar. A alteração estéreo não mudou em nada o quadro patético. Perdemos!
Os holandeses no ensinaram o que faz a diferença em jogo de Copa. Com a sua própria lógica, nem sempre pautada pela justiça, a Copa do Mundo cobra dos competidores a incorporação de um espírito. Os jogadores holandeses estavam prontos para tudo e de cara "sentiram" o juiz. Vendo que o japonês não era do ramo, resolveram apitar em seu lugar e funcionou. O oriental deixou da marcar até um penalti no finalzinho de Heitinga sobre kaká. O zagueiro holandês, que não amarra a chuteira de Lúcio, catimbou gritou no ouvido dos brasileiros. Heitinga tirou aos berros a moral dos atacantes canarinhos.
Quem entra na luta tem que aprender a bater, mas também apanhar. O Brasil não soube e ao primeiro soco, sucumbiu. É como se a Seleção fosse um pugilista com medo de ver seu rosto cortado e daí em diante tivesse medo de continuar brigando. Nem de longe foi o time que virou sobre a Argentina na final da Copa América. Nem o time que reagiu diante do placar adverso de dois a zero contra os americanos no ano passado na final da Copa das Confederações. Foi um outro Brasil que nós não reconhecemos e que por isso mesmo voltou mais cedo. Pelo menos esse alento: o Brasil que perdeu não foi o nosso!
O inimigo estava dentro do corpo de cada jogador. O medo de estar atrás no placar, os indícios de que poderíamos perder a vaga depois do gol de empate fizeram o Brasil afinar. Houve descontrole, descompasso. Depois que Felipe Melo e Júlio César relembraram a fase de juvenil do Flamengo no cruzamento de Sneijder vimos os demais jogadores fazerem tudo aquilo que jamais pensamos que fizessem: Juan jogou uma bola fácil para escanteio que resultou no segundo gol, Kaká errou o resto de passes que deu, o futebol alegre de Robinho foi substituído pela ira contra Robben, Kaká xingou e Felipe Melo, o único que fez o que se esperava, era a imagem refletida de um time sem concentração e frieza de pretensos campeões mundiais.
Dunga também foi afetado pelo nervosismo, mas a essa altura a vaca holandesa já tinha mandado a nossa para o brejo. Sem saber o que fazer, trocou Luís Fabiano por Nilmar. A alteração estéreo não mudou em nada o quadro patético. Perdemos!
Os holandeses no ensinaram o que faz a diferença em jogo de Copa. Com a sua própria lógica, nem sempre pautada pela justiça, a Copa do Mundo cobra dos competidores a incorporação de um espírito. Os jogadores holandeses estavam prontos para tudo e de cara "sentiram" o juiz. Vendo que o japonês não era do ramo, resolveram apitar em seu lugar e funcionou. O oriental deixou da marcar até um penalti no finalzinho de Heitinga sobre kaká. O zagueiro holandês, que não amarra a chuteira de Lúcio, catimbou gritou no ouvido dos brasileiros. Heitinga tirou aos berros a moral dos atacantes canarinhos.
Quem entra na luta tem que aprender a bater, mas também apanhar. O Brasil não soube e ao primeiro soco, sucumbiu. É como se a Seleção fosse um pugilista com medo de ver seu rosto cortado e daí em diante tivesse medo de continuar brigando. Nem de longe foi o time que virou sobre a Argentina na final da Copa América. Nem o time que reagiu diante do placar adverso de dois a zero contra os americanos no ano passado na final da Copa das Confederações. Foi um outro Brasil que nós não reconhecemos e que por isso mesmo voltou mais cedo. Pelo menos esse alento: o Brasil que perdeu não foi o nosso!
domingo, 20 de junho de 2010
Príncipe virou sapo
A queda de Kaká com o seu cartão vermelho é a confirmação de uma idéia minha: não existe alma santa no futebol. Na disputa, vale tudo o que o juiz não enxerga. Vale o xingamento o cutucão, a cotovelado, o dedo lá, o pisão, a sola, enfim, tudo. E acreditem, todos eles fazem isso. A cabeçada de Zidane em Materazzi seria um golpe de mestre se não houvesse testemunhas.
É verdade que Kaká não teve lá tanta culpa no lance da expulsão, mas desfez a imagem de São Kaká e, principalmente, o fez perceber que se ele não tiver malícia os outros terão e prepararão a sua cama.
Luís Fabiano usou o braço duas vezes no gol mais bonito da copa. A dupla ilegalidade no gol do artilheiro brasileiro é o exemplo cabal de que conto de fadas passa longe das quatro linhas. E saiu de campo ovacionado pelos brasileiros.
Sugiro que sejamos assim no cotidiano. Sem a deslealdade exagerada de uma partida de futebol, mas sabendo que ou no protegemos ou seremos expulsos pelos maliciosos que nos cercam. Quem você quer ser? Escolha entre Kaká e Luís Fabiano.
É verdade que Kaká não teve lá tanta culpa no lance da expulsão, mas desfez a imagem de São Kaká e, principalmente, o fez perceber que se ele não tiver malícia os outros terão e prepararão a sua cama.
Luís Fabiano usou o braço duas vezes no gol mais bonito da copa. A dupla ilegalidade no gol do artilheiro brasileiro é o exemplo cabal de que conto de fadas passa longe das quatro linhas. E saiu de campo ovacionado pelos brasileiros.
Sugiro que sejamos assim no cotidiano. Sem a deslealdade exagerada de uma partida de futebol, mas sabendo que ou no protegemos ou seremos expulsos pelos maliciosos que nos cercam. Quem você quer ser? Escolha entre Kaká e Luís Fabiano.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Eu no Salipi
Hoje estive no Salipi e fiquei feliz com o projeto: autores circulando pelo mesmo ambiente de seus leitores, gente folheando livros de assuntos que pouco conheciam, interação absoluta entre letras e gente... Em tempo de internet, isso nunca teve tanto valor.
Comparo a leitura com uma festa agradável. Se você passa na porta de uma boate talvez não se interesse em entrar porque a fachada não é interessante. Uma vez com o ingresso na mão, se arrisca a dar uma olhadinha e descobre que ali está um ambiente aprazível e que vai garantir a você horas de diversão e encantamento.
O Salipi é o maior convite que nós temos para entrar na festa da leitura. Todos gostam de ler, mas precisam ser convidados a isso. O Salipi corrige o erro que foi cometido pelas escolas que nos forçavam a ler sem saber por quê. Melhora a fachada da festa e nos convida a entrar. Dificilmente alguém vai poder mensurar os resultados de um salão como este, mas garanto que esta festa jamais deixará alguém de fora.
Comparo a leitura com uma festa agradável. Se você passa na porta de uma boate talvez não se interesse em entrar porque a fachada não é interessante. Uma vez com o ingresso na mão, se arrisca a dar uma olhadinha e descobre que ali está um ambiente aprazível e que vai garantir a você horas de diversão e encantamento.
O Salipi é o maior convite que nós temos para entrar na festa da leitura. Todos gostam de ler, mas precisam ser convidados a isso. O Salipi corrige o erro que foi cometido pelas escolas que nos forçavam a ler sem saber por quê. Melhora a fachada da festa e nos convida a entrar. Dificilmente alguém vai poder mensurar os resultados de um salão como este, mas garanto que esta festa jamais deixará alguém de fora.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Um novo "Interferência"
Tenho sido abordado constantemente nas ruas sobre a minha saída do programa Interferência, que apresentava nas noites de terça-feira ao lado de dois grandes amigos: Airton e Henrique. As principais questões dizem respeito aos motivos da ida a Cidade Verde e principalmente de uma possível perda que o programa teve desde que deixei de compor o time.
Acho que ao lado de Henrique e Airton ajudei a escrever com traços modestos, uma das páginas da história da TV Antares. Alguns crêem que o programa pode ter alcançado tamanha força de influência que ele seria capaz de reformular pequenas práticas jornalistas no cotidiano. Disso não tenho tanta certeza, mas sei que tudo o que foi feito no Interferência foi feito com convicção e devoção, de modo que foi gratificante a despeito de qualquer eventual sucesso.
Apesar da felicidade, apesar da gratificação, apesar do reconhecimento, Interferência cumpriu o seu papel em minha carreira, mas não cumpriu ainda o seu papel como veículo informativo. O programa mudou o meu modo de abordar temas do cotidiano, me maturou como comunicador me trouxe uma ousadia que eu não tinha (nesse ponto méritos e gratidão a Henrique). Carregarei tudo isso em currículo, em experiência, guardando tudo no alforje da saudade e ponto. E todos devem entender: não há mais Joelson e Inferência.
Como disse linhas acima, o Interferência não cumpriu o seu papel como veículo informativo. Isso porque o programa ainda continua na ativa. Sinto que ele ainda tem muito a ofertar e ofertará se continuar seguindo a linha que Henrique Douglas vem desenhando para ele. Programas como o Interferência não envelhecem, mas se reformulam. A minha saída, provavelmente seja a mais dura etapa da reformulação necessária por qual um programa como esse precise passar. Um ou outro telespectador não atento pode imaginar que o programa definhará. Erro! Acertam apenas aqueles que dizem que o programa nunca mais será a mesma coisa. Que bom! Isso comprova que o Interferência é um programa contemporâneo e que sob boa direção, e asseguro a todos que eles está sob bom comando, terá vida longa e continuará surpreendendo positivamente todos aqueles que devotarem um hora da noite de sua terça-feira a esse projeto tão feliz e inteligente.
Para mim é difícil ser apenas telespectador. O meu alento é saber que ali estão dois grandes amigos sentados ao lado de uma grande promessa moderna do jornalismo. Vou convidar a todos para que, junto comigo, continuem a apreciar esse projeto que me deu tanta felicidade e diverte tanta gente que esperava por novidades na TV. Quem sabe em futura postagem reflita sobre o papel desse programa no meu modo de assistir TV.
Acho que ao lado de Henrique e Airton ajudei a escrever com traços modestos, uma das páginas da história da TV Antares. Alguns crêem que o programa pode ter alcançado tamanha força de influência que ele seria capaz de reformular pequenas práticas jornalistas no cotidiano. Disso não tenho tanta certeza, mas sei que tudo o que foi feito no Interferência foi feito com convicção e devoção, de modo que foi gratificante a despeito de qualquer eventual sucesso.
Apesar da felicidade, apesar da gratificação, apesar do reconhecimento, Interferência cumpriu o seu papel em minha carreira, mas não cumpriu ainda o seu papel como veículo informativo. O programa mudou o meu modo de abordar temas do cotidiano, me maturou como comunicador me trouxe uma ousadia que eu não tinha (nesse ponto méritos e gratidão a Henrique). Carregarei tudo isso em currículo, em experiência, guardando tudo no alforje da saudade e ponto. E todos devem entender: não há mais Joelson e Inferência.
Como disse linhas acima, o Interferência não cumpriu o seu papel como veículo informativo. Isso porque o programa ainda continua na ativa. Sinto que ele ainda tem muito a ofertar e ofertará se continuar seguindo a linha que Henrique Douglas vem desenhando para ele. Programas como o Interferência não envelhecem, mas se reformulam. A minha saída, provavelmente seja a mais dura etapa da reformulação necessária por qual um programa como esse precise passar. Um ou outro telespectador não atento pode imaginar que o programa definhará. Erro! Acertam apenas aqueles que dizem que o programa nunca mais será a mesma coisa. Que bom! Isso comprova que o Interferência é um programa contemporâneo e que sob boa direção, e asseguro a todos que eles está sob bom comando, terá vida longa e continuará surpreendendo positivamente todos aqueles que devotarem um hora da noite de sua terça-feira a esse projeto tão feliz e inteligente.
Para mim é difícil ser apenas telespectador. O meu alento é saber que ali estão dois grandes amigos sentados ao lado de uma grande promessa moderna do jornalismo. Vou convidar a todos para que, junto comigo, continuem a apreciar esse projeto que me deu tanta felicidade e diverte tanta gente que esperava por novidades na TV. Quem sabe em futura postagem reflita sobre o papel desse programa no meu modo de assistir TV.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Defendo também a liberdade de expressão
Nada mais deprimente do que um soldado que, cercado pelo inimigo, abandona o campo de batalha. A fuga covarde contraria a natureza do soldado que deve estar pronto para a luta na sua trincheira, sem trégua, sem medo, sem temor da ameaça. Escolhi a minha trincheira e desde então, apesar das ameaças, me obriguei a lutar até o último tombo.
A liberdade de expressão foi conquistada durante longo processo e, na América Latina, sempre esteve ameaçada. A política de coronéis que permeou a parte sul das Américas, e ainda toma conta das republiquetas bolivarianas, colocou em risco o direito de todos de se expressar. De modo que, desde que a Constituição de 1988 foi promulgada, é um dever de todos nós defendermos que nós, nossos vizinhos, amigos e até inimigos se expressem livremente. Se 88 foi a conquista, os dias de hoje são para defesa do espaço conquistado.
Na condição de jornalista, essa defesa se reforça. Ao fazer o juramento de formatura, automaticamente abri mão do direito ao silêncio. Hoje me sinto na obrigação de falar sobre o que quer que seja, desde que alguém do público manifeste o mínimo interesse na questão. Essa tem sido a minha pauta na TV, no blog e nos jornais por onde passei.
Aqueles que pedem silêncio a alguém estão atentando contra essa conquista que é coletiva. Por tanto, forçar alguém a calar, é atirar em si mesmo. Temos que defender que todos falem e falem o que pensam; lutar para que a comunicação e a expressão estejam sempre abertas em todos os sentidos.
Sou apenas um dos herdeiros do legado de Waldimir Herzog, aquele que morreu durante a ditadura militar pela liberdade de expressão no Brasil. Se eu calar a boca submetido a pressões dos pequenos coronéis de nossos dias, estarei desonrando esse legado e me comportando como um soldado desertor, o que nunca fui.
A liberdade de expressão foi conquistada durante longo processo e, na América Latina, sempre esteve ameaçada. A política de coronéis que permeou a parte sul das Américas, e ainda toma conta das republiquetas bolivarianas, colocou em risco o direito de todos de se expressar. De modo que, desde que a Constituição de 1988 foi promulgada, é um dever de todos nós defendermos que nós, nossos vizinhos, amigos e até inimigos se expressem livremente. Se 88 foi a conquista, os dias de hoje são para defesa do espaço conquistado.
Na condição de jornalista, essa defesa se reforça. Ao fazer o juramento de formatura, automaticamente abri mão do direito ao silêncio. Hoje me sinto na obrigação de falar sobre o que quer que seja, desde que alguém do público manifeste o mínimo interesse na questão. Essa tem sido a minha pauta na TV, no blog e nos jornais por onde passei.
Aqueles que pedem silêncio a alguém estão atentando contra essa conquista que é coletiva. Por tanto, forçar alguém a calar, é atirar em si mesmo. Temos que defender que todos falem e falem o que pensam; lutar para que a comunicação e a expressão estejam sempre abertas em todos os sentidos.
Sou apenas um dos herdeiros do legado de Waldimir Herzog, aquele que morreu durante a ditadura militar pela liberdade de expressão no Brasil. Se eu calar a boca submetido a pressões dos pequenos coronéis de nossos dias, estarei desonrando esse legado e me comportando como um soldado desertor, o que nunca fui.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Transferência
Na manhã desta segunda-feira, recebi um convite que considero importante para minha carreira. Na próxima semana serei jornalista da TV Cidade Verde. É um novo desafio no corpo de uma emissora extremamente competitiva e que certamente reúne em seu quadro excelentes profissionais.
Fazer parte desta equipe é uma honra, o que só foi possível graças ao período de aprendizagem e experiências vividas na Tv Antares, à qual me dediquei por quatro anos.
Espero contar com o apoio e torcida de todos
Fazer parte desta equipe é uma honra, o que só foi possível graças ao período de aprendizagem e experiências vividas na Tv Antares, à qual me dediquei por quatro anos.
Espero contar com o apoio e torcida de todos
segunda-feira, 22 de março de 2010
Espanto coletivo
A decisão de Wellington Dias de ficar no governo até dezembro provocou o espanto em todos. É cômico pensar que a decisão de permanecer no cargo para o qual foi eleito em 2006 provoque estranheza. Alguém votou em Wellington Dias sem saber que o seu mandato seria finalizado apenas no final deste ano? Os mandatos na redemocratização não são de quatro anos? Que regra é essa que obriga alguém a ser candidato largando mandato antes do fim?
O espanto se dá porque nós subvertemos a democracia. A maioria entende como normal carreira e patrimonialismo na política. Pensa que se reeleger e preparar o filho para política é uma obrigação de todos os que estão há anos imersos nesse mundo de relações tão obscuras. E como fica o Wellington Dias? Fica como deveriam ficar todos os políticos que dedicam oito anos à vida pública: afastados assistindo outros ocuparem o lugar que nunca foi dele! Assim deve ser a política! Assim precisa ser a democracia!
O espanto se dá porque nós subvertemos a democracia. A maioria entende como normal carreira e patrimonialismo na política. Pensa que se reeleger e preparar o filho para política é uma obrigação de todos os que estão há anos imersos nesse mundo de relações tão obscuras. E como fica o Wellington Dias? Fica como deveriam ficar todos os políticos que dedicam oito anos à vida pública: afastados assistindo outros ocuparem o lugar que nunca foi dele! Assim deve ser a política! Assim precisa ser a democracia!
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Oligarquias
O que se pode esperar de um estado dominado por oligarquias? Como viver dignamente em um local onde política é carreira e que os currais são herança de família? Este é o Piauí! Desde os tempos de Visconde da Parnaíba são eles que mandam. E por causa deles andamos sempre correndo atrás do prejuízo e nunca chegamos lá. É como se muitos trabalhassem, porém os mais fortes se encarreram de puxar o freio de mão para que ninguém consiga mudar uma realidade que, embora medíocre, privilegia os donos da província.
Em 1823 poderíamos ter conseguido mais do que a independência, chegado a república, mas os Martins não quiseram. E é sempre assim: quando eles não querem, não temos. Em plena democracia somos condenados ao seu império.
Vivemos ainda a era do sobrenome. Este ano, façamos diferente. “Quem tem parente com cargo não merece ser candidato”. Essa é minha campanha!
Em 1823 poderíamos ter conseguido mais do que a independência, chegado a república, mas os Martins não quiseram. E é sempre assim: quando eles não querem, não temos. Em plena democracia somos condenados ao seu império.
Vivemos ainda a era do sobrenome. Este ano, façamos diferente. “Quem tem parente com cargo não merece ser candidato”. Essa é minha campanha!
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Defendo o Validuaté
No “Interferência” desta noite, tratamos de um assunto delicado e que, particularmente me deixou sentido: a dificuldade que a banda Validuaté tem em vender seu próprio disco. Uma questão tão complexa que me reservo o direito de não entrar no mérito da questão jurídica. Isso deixo para advogados, delegados e juízes. O que todos concordam é que o fato de um artista não ter domínio sobre o seu próprio trabalho soa com enorme violência. Nem mesmo o diretor-presidente da gravadora Bumba Records deve discordar disso. No entanto é o protagonista da novela que envolve banda.
Márcio Meneses, o presidente da gravadora, é um músico respeitado. Conhece grandes artistas brasileiros. Tem talento no sopro, na produção de bons discos e na interpretação de leis de direitos autorais. Transmite confiança! Com isso conseguiu fechar para sua gravadora o que, a meu ver, foi um os melhores contratos que poderia fechar. Domina os direitos de venda de “Alegria Girar” do Validuaté, um dos melhores produtos fonográficos que já ouvi. Depois de discórdias, parceria finalizada. Ao invés de um acordo entre as partes, as dificuldades de entendimento levaram ao que o Validuaté jamais imaginaria: mais de mil discos retidos na gravadora.
Márcio pode ter razão. Porém, não pode concorda com este atentado não só banda, mas ao cenário artístico local. Empurrar uma mentalidade goela abaixo me parece um gesto violento não só para Validuaté, mas para todos os artistas e consumidores. Sou consciente de que o mais prudente era Validuaté não ter feito contratos com Bumba Records como fez. Penso que Márcio deixou de lado a sua veia produtor- compositor-artista e deixou aflorar uma veia empresário. Nada contra! Porém, assim como Pelé vez por outra dá uns toques no Edson, o lado mais sensível de Márcio poderia dar uma força para o mais brutal.
Nessa disputa sou apenas o torcedor. Não há como ser diferente: mesmo entendo que o mundo jurídico tem sua própria lógica, percebo nele um lado nefasto e ironicamente permeado de injustiças.
Márcio Meneses, o presidente da gravadora, é um músico respeitado. Conhece grandes artistas brasileiros. Tem talento no sopro, na produção de bons discos e na interpretação de leis de direitos autorais. Transmite confiança! Com isso conseguiu fechar para sua gravadora o que, a meu ver, foi um os melhores contratos que poderia fechar. Domina os direitos de venda de “Alegria Girar” do Validuaté, um dos melhores produtos fonográficos que já ouvi. Depois de discórdias, parceria finalizada. Ao invés de um acordo entre as partes, as dificuldades de entendimento levaram ao que o Validuaté jamais imaginaria: mais de mil discos retidos na gravadora.
Márcio pode ter razão. Porém, não pode concorda com este atentado não só banda, mas ao cenário artístico local. Empurrar uma mentalidade goela abaixo me parece um gesto violento não só para Validuaté, mas para todos os artistas e consumidores. Sou consciente de que o mais prudente era Validuaté não ter feito contratos com Bumba Records como fez. Penso que Márcio deixou de lado a sua veia produtor- compositor-artista e deixou aflorar uma veia empresário. Nada contra! Porém, assim como Pelé vez por outra dá uns toques no Edson, o lado mais sensível de Márcio poderia dar uma força para o mais brutal.
Nessa disputa sou apenas o torcedor. Não há como ser diferente: mesmo entendo que o mundo jurídico tem sua própria lógica, percebo nele um lado nefasto e ironicamente permeado de injustiças.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Vacina para Fiocruz
Em menos de 10 anos o Piauí conseguiu dobrar a sua arrecadação anual. Esse número deve ser ainda maior nos próximos anos. O Estado correu e conseguiu ser um dos membros da federação com maior crescimento registrado. Descobriu Jazidas de ferro, aumentou o número de empregos formais...Tem caminhado em bom ritmo.
Nada disso é importante, no entanto, se continuarmos sendo visto como não somos. Se as pessoas continuarem achando que o Rio de Janeiro só tem violência, São Paulo só tem enchentes, Manaus só tem selva e Teresina só tem calor em pobreza, pouco importa os números. Vai prevalecer o preconceito!
Mais uma vez Teresina perdeu por causa dessa idéia dada pela imagem fundada em estereótipos. Carlos Henrique Nery Costa é um dos maiores pesquisadores em doenças tropicais que já se viu. Por conta disso, foi cuidadoso ao montar o arcabouço técnico para que a Fundação Oswaldo Cruz se instalasse aqui. Mas de que adianta ser cuidadoso? De a que adiante ele ser um dos melhores? De que adianta o crescimento do Piauí? Se as pessoas que comandam a Oswaldo Cruz vêem Teresina e o Estado com o mesmo olhar de qualquer um do povo? A visão diferenciada que se espera de gente do nível de Oswaldo Cruz não entrou em ação.
A Fundação Oswaldo Cruz vai se instalar em 11 estados, mas no Piauí não. O esforço de Carlos Henrique foi invejável. Foi o único a entregar o projeto em tempo hábil. Mas aqui é Piauí e, mesmo ele tendo consciência de que era preciso trabalhar o dobro dos outros para chegar em algum lugar, a Fiocruz correu do Piauí.
Os pesquisadores da Fundação precisam urgentemente encontrar uma vacina contra o estereótipo e o preconceito e administrá-la em si mesmos.
Nada disso é importante, no entanto, se continuarmos sendo visto como não somos. Se as pessoas continuarem achando que o Rio de Janeiro só tem violência, São Paulo só tem enchentes, Manaus só tem selva e Teresina só tem calor em pobreza, pouco importa os números. Vai prevalecer o preconceito!
Mais uma vez Teresina perdeu por causa dessa idéia dada pela imagem fundada em estereótipos. Carlos Henrique Nery Costa é um dos maiores pesquisadores em doenças tropicais que já se viu. Por conta disso, foi cuidadoso ao montar o arcabouço técnico para que a Fundação Oswaldo Cruz se instalasse aqui. Mas de que adianta ser cuidadoso? De a que adiante ele ser um dos melhores? De que adianta o crescimento do Piauí? Se as pessoas que comandam a Oswaldo Cruz vêem Teresina e o Estado com o mesmo olhar de qualquer um do povo? A visão diferenciada que se espera de gente do nível de Oswaldo Cruz não entrou em ação.
A Fundação Oswaldo Cruz vai se instalar em 11 estados, mas no Piauí não. O esforço de Carlos Henrique foi invejável. Foi o único a entregar o projeto em tempo hábil. Mas aqui é Piauí e, mesmo ele tendo consciência de que era preciso trabalhar o dobro dos outros para chegar em algum lugar, a Fiocruz correu do Piauí.
Os pesquisadores da Fundação precisam urgentemente encontrar uma vacina contra o estereótipo e o preconceito e administrá-la em si mesmos.
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