quinta-feira, 15 de abril de 2010

Defendo também a liberdade de expressão

Nada mais deprimente do que um soldado que, cercado pelo inimigo, abandona o campo de batalha. A fuga covarde contraria a natureza do soldado que deve estar pronto para a luta na sua trincheira, sem trégua, sem medo, sem temor da ameaça. Escolhi a minha trincheira e desde então, apesar das ameaças, me obriguei a lutar até o último tombo.
A liberdade de expressão foi conquistada durante longo processo e, na América Latina, sempre esteve ameaçada. A política de coronéis que permeou a parte sul das Américas, e ainda toma conta das republiquetas bolivarianas, colocou em risco o direito de todos de se expressar. De modo que, desde que a Constituição de 1988 foi promulgada, é um dever de todos nós defendermos que nós, nossos vizinhos, amigos e até inimigos se expressem livremente. Se 88 foi a conquista, os dias de hoje são para defesa do espaço conquistado.
Na condição de jornalista, essa defesa se reforça. Ao fazer o juramento de formatura, automaticamente abri mão do direito ao silêncio. Hoje me sinto na obrigação de falar sobre o que quer que seja, desde que alguém do público manifeste o mínimo interesse na questão. Essa tem sido a minha pauta na TV, no blog e nos jornais por onde passei.
Aqueles que pedem silêncio a alguém estão atentando contra essa conquista que é coletiva. Por tanto, forçar alguém a calar, é atirar em si mesmo. Temos que defender que todos falem e falem o que pensam; lutar para que a comunicação e a expressão estejam sempre abertas em todos os sentidos.
Sou apenas um dos herdeiros do legado de Waldimir Herzog, aquele que morreu durante a ditadura militar pela liberdade de expressão no Brasil. Se eu calar a boca submetido a pressões dos pequenos coronéis de nossos dias, estarei desonrando esse legado e me comportando como um soldado desertor, o que nunca fui.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Transferência

Na manhã desta segunda-feira, recebi um convite que considero importante para minha carreira. Na próxima semana serei jornalista da TV Cidade Verde. É um novo desafio no corpo de uma emissora extremamente competitiva e que certamente reúne em seu quadro excelentes profissionais.
Fazer parte desta equipe é uma honra, o que só foi possível graças ao período de aprendizagem e experiências vividas na Tv Antares, à qual me dediquei por quatro anos.
Espero contar com o apoio e torcida de todos