terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Defendo o Validuaté

No “Interferência” desta noite, tratamos de um assunto delicado e que, particularmente me deixou sentido: a dificuldade que a banda Validuaté tem em vender seu próprio disco. Uma questão tão complexa que me reservo o direito de não entrar no mérito da questão jurídica. Isso deixo para advogados, delegados e juízes. O que todos concordam é que o fato de um artista não ter domínio sobre o seu próprio trabalho soa com enorme violência. Nem mesmo o diretor-presidente da gravadora Bumba Records deve discordar disso. No entanto é o protagonista da novela que envolve banda.
Márcio Meneses, o presidente da gravadora, é um músico respeitado. Conhece grandes artistas brasileiros. Tem talento no sopro, na produção de bons discos e na interpretação de leis de direitos autorais. Transmite confiança! Com isso conseguiu fechar para sua gravadora o que, a meu ver, foi um os melhores contratos que poderia fechar. Domina os direitos de venda de “Alegria Girar” do Validuaté, um dos melhores produtos fonográficos que já ouvi. Depois de discórdias, parceria finalizada. Ao invés de um acordo entre as partes, as dificuldades de entendimento levaram ao que o Validuaté jamais imaginaria: mais de mil discos retidos na gravadora.
Márcio pode ter razão. Porém, não pode concorda com este atentado não só banda, mas ao cenário artístico local. Empurrar uma mentalidade goela abaixo me parece um gesto violento não só para Validuaté, mas para todos os artistas e consumidores. Sou consciente de que o mais prudente era Validuaté não ter feito contratos com Bumba Records como fez. Penso que Márcio deixou de lado a sua veia produtor- compositor-artista e deixou aflorar uma veia empresário. Nada contra! Porém, assim como Pelé vez por outra dá uns toques no Edson, o lado mais sensível de Márcio poderia dar uma força para o mais brutal.
Nessa disputa sou apenas o torcedor. Não há como ser diferente: mesmo entendo que o mundo jurídico tem sua própria lógica, percebo nele um lado nefasto e ironicamente permeado de injustiças.

Um comentário:

  1. Prezado Joelson Giordani

    Vou ser sincero e direto.
    Voce não entende nada sobre contratos do mercado fonografico, para sair publicando bobagens em blogs como esse, falando de "atentado ao cenario artistico local".
    Quem voce pensa que é, para pre-julgar negocios empresarias que não lhe dizem respeito?
    Voce entrou com algum dinheiro, serviço nesse projeto?
    Ou é daqueles que acha que na cadeia produtiva da musica , quem deve administrar e investir é o poder publico?
    Saia dessa se não quiser ser processado por calunia e difamação?
    Somente apos receber uma noticia, de uma jornalista da sua emissora, comentando que a BUMBA RECORDS tinha roubado o trabalho do VALIDUATÉ, foi que resolvi dar uma entrevista no seu programa.
    E sinceramente,achei que voce iria usar esse material como conteudo jornalistico e não como um retrogrado cidadão, que luta contra o empreendedorismo cultural local.
    Será que é porque voce trabalha em uma TV Estatal ou ficou com medo quando disse que sua reporter poderia ser processada por veicular fatos sensacionalistas?

    Pense no valor da sua profissão e respeite seus conterraneos, que lutam por dignidade em suas profissões.

    Att

    MM

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