Em menos de 10 anos o Piauí conseguiu dobrar a sua arrecadação anual. Esse número deve ser ainda maior nos próximos anos. O Estado correu e conseguiu ser um dos membros da federação com maior crescimento registrado. Descobriu Jazidas de ferro, aumentou o número de empregos formais...Tem caminhado em bom ritmo.
Nada disso é importante, no entanto, se continuarmos sendo visto como não somos. Se as pessoas continuarem achando que o Rio de Janeiro só tem violência, São Paulo só tem enchentes, Manaus só tem selva e Teresina só tem calor em pobreza, pouco importa os números. Vai prevalecer o preconceito!
Mais uma vez Teresina perdeu por causa dessa idéia dada pela imagem fundada em estereótipos. Carlos Henrique Nery Costa é um dos maiores pesquisadores em doenças tropicais que já se viu. Por conta disso, foi cuidadoso ao montar o arcabouço técnico para que a Fundação Oswaldo Cruz se instalasse aqui. Mas de que adianta ser cuidadoso? De a que adiante ele ser um dos melhores? De que adianta o crescimento do Piauí? Se as pessoas que comandam a Oswaldo Cruz vêem Teresina e o Estado com o mesmo olhar de qualquer um do povo? A visão diferenciada que se espera de gente do nível de Oswaldo Cruz não entrou em ação.
A Fundação Oswaldo Cruz vai se instalar em 11 estados, mas no Piauí não. O esforço de Carlos Henrique foi invejável. Foi o único a entregar o projeto em tempo hábil. Mas aqui é Piauí e, mesmo ele tendo consciência de que era preciso trabalhar o dobro dos outros para chegar em algum lugar, a Fiocruz correu do Piauí.
Os pesquisadores da Fundação precisam urgentemente encontrar uma vacina contra o estereótipo e o preconceito e administrá-la em si mesmos.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
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