quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Leio André Gonçalves

Em resposta a um texto escrito por Manoel Soares, fotografo, o publicitário André Gonçalves fez uma competente defesa do estado em e-mail enviado a amigos. Manoel tentou minimizar as piadas feitas com o estado do Piauí e o fez de forma imprópria, na minha opinião. Desdenhou das pessoas que foram a público criticar a humorista Dadá Coelho que deu entrevista a Jô Soares. André se contrapôs. Para o publicitário as piadas feitas com o Piauí se aproveitam de características que o estado não escolheu, ao contrário do que ocorre com piadas feitas com outras regiões do país. “É evidente que pode ser feliz quem faz piada da própria desgraça, mas não é o que acontece nesse caso: o piauiense não é pobre por opção, não é fodido porque deseja”, disse André Gonçalves. Se nossos índices não são os melhores, não é porque queremos viver essa condição.
Concordo com os argumentos de André e complemento: as pessoas que promovem a pobreza em nosso estado ganham prêmios, reconhecimento, ocupam cargo de primeiro escalão nos governos, circulam em colunas sociais, ganham dinheiro. Às vítimas dos saqueadores, sobram apenas as piadas como as de Dadá e de Agildo Ribeiro, além das misérias a que são condenadas.
Em texto anterior tratei de afastar de mim a síndrome de “patinho feio”. Aceito as piadas desde que tenham graça e sejam regadas pelo talento. Depois de André Gonçalves quero rever a idéia e passo a não aceitar piada nenhuma: acho que a piada transforma em anedota problemas que precisam ser tratados com seriedade, sob pena de serem vulgarizados.
Que bom que as idéias mudam! Por isso não uso tatuagem!

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