segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Terror e alívio!

As coisas são, em essência, finitas. Nessa condição a Terra também terá o seu final. É muito provável que um dia tudo o que aqui habita, o solo, a água e o que mais houver deixe de existir, dando lugar a um vazio espacial que tanto causa incomodo na maioria de nós.
Mesmo com tantos indícios destrutivos provocados pela incompreensão humana com a necessidade urgente de preservação ambiental, é difícil datar esse final. Pela lógica ou pelos caminhos da parda razão humana é impossível se apontar um dia, mês e hora do apocalípse.
As previsões escatológicas se catapultaram no ano 90 depois de Cristo quando João profetizou o fim do mundo. Inspirado pela perseguição religiosa promovida pelos romanos (praticada inclusive por Saulo de Tarso, que depois viria a se tornar o apóstolo Paulo) e pelo derramamento de sangue nas ruas de cidades romanas no ano 70 depois de Cristo, João previu chuva de estrelas, enfrentamento de Deus e Satã e o julgamento de todos. Mas nunca disse que dia seria o famigerado final.
Depois daí uma enxurrada de previsões e, se estamos aqui ainda, erros! Matemáticos apontavam dias do fim da Terra baseados em alinhamentos planetários. Outros acreditavam em forças sobrenaturais e até extraterrenas para apontar uma data e reunir fanáticos em pontos especícos do globo onde aconteceria um mágico arrebatamento.
A data mais nova acaba de sair do forno: 21 de dezembro de 2012. Motivo: o calendário da civilização Maia só marca até esta data. De todas as explicações talvez uma das mais frágeis! Se nem dispondo de toda a tecnologia recente o homem foi capaz de apontar um final para o Planeta, imaginem com a tecnologia Maia, com mais de 500 anos de defasagem!
O fim do mundo em 2012 nos traria uma gama de frustrações, especialmente aos brasileiros que não veriam por aqui a tão sonhada copa de 2014, tampouco as Olimpíadas de 2016. Mas por enquanto, a única sensação certa trazida pelas constantes tentativas de previsões escatológicas são as aflições das datas apontadas para o fim e o alívio coletivo trazido pela constatação de serem, mais uma vez, a repetição de erros de especuladores vazios.

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