domingo, 13 de dezembro de 2009

Descoberta de Cristóvão!

Cristóvão Buarque disse durante pronunciamento algumas verdades que estão aí. Coisas que já sabemos. Disse que os senadores e deputados abriram mão das atividades próprias do parlamento e se tornaram políticos 24 horas por dia (politiqueiros). Transformaram os parlamentos em balcões de negócios com a anuência do executivo.
Ainda no meio da reflexão sobre as palavras de Buarque, liguei a TV em um jornal de meio dia e vi Wellington Dias inaugurar uma estrada em São João do Piauí. Antes de rumar para o sertão, o governador piauiense estava sendo atacado por opositores por passar mais de 15 dias na europa. As criticas eram duras! PSDB e um restinho de Dem que existe na Assembléia batiam forte no que consideravam uma viagem de passeio. Mas a inauguração da rodovia me fez ver que Cristóvão Buarque estava certo também sobre o nosso parlamento. Ao lado de Wellington Dias estava Roncalli Paulo opositor do governador que fez questão de viajar mais de 500 quilômetros para parabenizar o governador, bater nas costas, sorrir para ele e aparecer ao lado do corte da fita. Ou seja, Roncalli fez questão de estar ao lado do homem que, segundo ele, está gastando dinheiro público de forma irresponsável na Europa. Perdeu a chance de dizer frente a frente aquilo que defendia nas modorrentas entrevistas de quinze minutos dos telejornais diários.
A oposição que se acovarda é a que sabe que só pode ser politiqueiro quem conta com o mínimo de apoio do executivo. Essa gente abriu mão de fazer o trabalho duro (criar leis, votar contra e criticar o que precisa ser criticado) em troca da chance de dividir a paternidade de ações populares e ganhar umas emendinhas para fazer média em seus currais.
A nossa Assembléia entrou na contagem de Cristóvão e o PT aqui, assim como lá, acabou com a oposição. Mesmo os opositores mais fervorosos, de vez em quando, para sair na foto, se aproximam daqueles que criticam. Um absurdo que deixa sem voz aqueles que não concordam com os que estão no poder e que reduz a democracia a uma jogo de interesses pessoais.
Roncalli ganhou espaço, Wellington menos um opositor e o estado menos uma voz. Porque, por mais que seja positiva a gestão de Wellington é sempre bom o contraponto. Mas não há quem consiga suportar a uma vida longe do poder. É a aproximação ou o risco de ficar sem o emprego de politiqueiro.

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