Tenho sido abordado constantemente nas ruas sobre a minha saída do programa Interferência, que apresentava nas noites de terça-feira ao lado de dois grandes amigos: Airton e Henrique. As principais questões dizem respeito aos motivos da ida a Cidade Verde e principalmente de uma possível perda que o programa teve desde que deixei de compor o time.
Acho que ao lado de Henrique e Airton ajudei a escrever com traços modestos, uma das páginas da história da TV Antares. Alguns crêem que o programa pode ter alcançado tamanha força de influência que ele seria capaz de reformular pequenas práticas jornalistas no cotidiano. Disso não tenho tanta certeza, mas sei que tudo o que foi feito no Interferência foi feito com convicção e devoção, de modo que foi gratificante a despeito de qualquer eventual sucesso.
Apesar da felicidade, apesar da gratificação, apesar do reconhecimento, Interferência cumpriu o seu papel em minha carreira, mas não cumpriu ainda o seu papel como veículo informativo. O programa mudou o meu modo de abordar temas do cotidiano, me maturou como comunicador me trouxe uma ousadia que eu não tinha (nesse ponto méritos e gratidão a Henrique). Carregarei tudo isso em currículo, em experiência, guardando tudo no alforje da saudade e ponto. E todos devem entender: não há mais Joelson e Inferência.
Como disse linhas acima, o Interferência não cumpriu o seu papel como veículo informativo. Isso porque o programa ainda continua na ativa. Sinto que ele ainda tem muito a ofertar e ofertará se continuar seguindo a linha que Henrique Douglas vem desenhando para ele. Programas como o Interferência não envelhecem, mas se reformulam. A minha saída, provavelmente seja a mais dura etapa da reformulação necessária por qual um programa como esse precise passar. Um ou outro telespectador não atento pode imaginar que o programa definhará. Erro! Acertam apenas aqueles que dizem que o programa nunca mais será a mesma coisa. Que bom! Isso comprova que o Interferência é um programa contemporâneo e que sob boa direção, e asseguro a todos que eles está sob bom comando, terá vida longa e continuará surpreendendo positivamente todos aqueles que devotarem um hora da noite de sua terça-feira a esse projeto tão feliz e inteligente.
Para mim é difícil ser apenas telespectador. O meu alento é saber que ali estão dois grandes amigos sentados ao lado de uma grande promessa moderna do jornalismo. Vou convidar a todos para que, junto comigo, continuem a apreciar esse projeto que me deu tanta felicidade e diverte tanta gente que esperava por novidades na TV. Quem sabe em futura postagem reflita sobre o papel desse programa no meu modo de assistir TV.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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